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Mostrando postagens de dezembro, 2018
FELIZ 2019!! MUITA FORÇA, AMOR E LUTA!! Para encerrar esse ano difícil, com esperança de um ano melhor, ficamos com o nosso grande poeta, Carlos Drummond. Receita de ano novo Carlos Drummond de Andrade Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvament
(Um exercício poético extraído das aulas da “Oficina da Palavra”, no Espaço Mirabilis) A árvore é um poema Não está ali Para que valha a pena Está lá Ao vento porque trema Ao sol porque crema À lua porque diadema Está apenas (enviado por Cristina Mira, nossa mestra literária) Um poema vale a pena Por estar na minha cena, Sem mostrar que está. Move meu coração, Penetra o rubro músculo. Arrasta-se nas suas entranhas E voa pelos meus lábios. Qual borboleta que não se alcança. (com seqüência de Ana Lucia)
25 de DEZEMBRO DE 2018 – PESSIMISMO OU REALISMO? Ana Lucia dos Santos Neste final de ano, vejo-me sendo arrastada para um lugar não pedido. Para um tempo não pedido, como uma diáspora invertida. Carregando o pertencimento de um tempo de conquistas para um tempo de obscuridade. Como será? O que será? O que fazer com esse novo tempo? A virada do ano de 2018 para 2019 tem cara de virada de século, às avessas, andando ou sendo empurrado para trás. Essa é a sensação que me assola. Mexe com minhas entranhas. Corpo livre, menos livre. Mente livre, menos livre. Tempo nublado para os que não são parte dos otimistas de plantão que conseguem ver um futuro melhor, plantado no terreno árido da intolerância, no terreno infértil da ignorância, no terreno espinhoso das armas giratórias na direção da saúde, da educação, da moradia, atingindo nossos corpos e mentes. Perdoem os ufanistas de um futuro incerto. Neste dia 25 de dezembro, há que se espelhar muito na fragilidade e fortaleza do p
Final de ano, encontro de amigos, cenário comum.  Retrato em uma crônica, o encontro que tive com antigas amigas. Talvez se reconheçam. Vamos ver. O ENCONTRO Ana Lucia dos Santos             Chego e todas já estão. Qual a novidade? Nenhuma. Estou sempre atrasada. Faltam algumas pessoas, mas temos sete, todas mulheres. Conversa a meio caminho. Lá estão elas. Das amigas mais antigas a mais recente. Nem tão recente. Entre quarenta e dez anos de espaço de tempo. Gente antiga! Todas muito bonitas. Talentosas, competentes, visão parcial, somos todas demais! Eu com meus olhos generosos. Uma de quem fui estagiária na década de 80. Hoje percebi que está pessimista; uma com quem nunca trabalhei, da mesma área, o judiciário. Mas é comum às outras, semblante mais sério, introspectiva; Duas mulheres loiras que esbanjam alto astral, contagiantes na alegria. Uma do Judiciário, outra da saúde mental; Uma mulher que é a mais jovem que todas. Tem um afã militante, fala aguerrida, com projet
Olá. Depois de alguns dias e ausência de volta a este espaço. Compartilhamento deste dia : Vamos ter uma belíssima oportunidade de revisitar os clássicos brasileiros, na esteira da próxima Festa Literária Internacional de Paraty – FLIP 2019 , que vai homenagear um grande Autor.  Nada menos que “Euclides da Cunha”. Não é bom? Está na hora de revisitarmos sua grande Obra “Os Sertões” . O que a princípio seria um trabalho de cobertura jornalística da revolta dos Canudos, liderada por Antonio Conselheiro, no final do século XIX, o colocou diante de uma realidade desafiadora que acabou alterando suas convicções morais e políticas.             A Obra, pelo que retrata, acaba sendo uma fonte de críticas morais, políticas e sociais de um Brasil arcaico, transitando para uma recente república. A experiência de Euclides da Cunha, adentrando o interior do Brasil, entrando em contato com a realidade, em busca de sua reportagem, toma um rumo muito mais que enriquecedor. Trata-