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Mostrando postagens de março, 2019
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DAS MEMÓRIAS DE CADA UM – ANCESTRALIDADE             Bom dia, leitores. Então, palavras não ditas na hora certa parecem que perdem o sentido.             Um tempo, o de hoje, é plantado sobre outros tempos. Que ficam na memória.   Mas Precisam de espaço para continuar existindo, pelo contar dos que ainda existem, dos de hoje.             Um tempo, tem que ficar sobre o outro, pela memória. É claro, não haveria tempo no mundo que desse para viver tudo, junto, vidas ao mesmo tempo. Só sendo contadas, pra trazê-las para o agora.             Do livro “Memórias e histórias, Eponinos – negros de São Mateus”, uma bisavó do meu pai, ancestral com quem me identifico . Obs: Imagem não é real dessa ancestral. Só corresponde à ideia que como ela deve ter sido. créditos imagem: //www.google.com/search?q=preta+velha+com+cachimbo&tbm=isch&tbs=rimg... Dona Eva do “Oiteirinho ”  " Lá vem a força, lá vem a magia, que me incendeia o corpo de alegria lá
C ECÍLIA MEIRELES EMBORA O POEMA NÃO SEJA UM DOS GÊNEROS LITERÁRIOS MAIS POPULARES, COSTUMA ME ELEVAR NO CAOS . E HAJA CAOS A QUE ESTAMOS SUBMERSOS HOJE NO NOSSO PAÍS. UM DOS MEUS ALENTOS EM POESIA É CECÍLIA MEIRELES. “ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA” SUA LONGA OBRA COM UMA SÉRIE DE POEMAS EM FORMA ÉPICA, RETRATA A “INCONFIDÊNCIA MINEIRA”, (DE 1789). DESTACO O ROMANCE LXXXII OU “DOS PASSEIOS DA RAINHA LOUCA”. “A RAINHA LOUCA” SE REFERE A D. MARIA I, RAINHA DE PORTUGAL.  Foi sob seu  reinado, num Brasil Colônia, que se tramou uma insurreição em Minas Gerais, com   anseios de liberdade e que foi prontamente abortada pela então Metrópole – Portugal. , que passou à História com o nome de Inconfidência Mineira (1789 ). Coube a esta rainha determinar as penas que seriam imputadas aos conjurados. E foram as mais cruéis, já sabemos. Não é necessário nem citar. Mas gosto deste poema de CECÌLIA MEIRELES , quando descreve o fim da déspota enlouquecida, que chega a terras b
Fragmento de um capítulo do livro "Memórias e Histórias - Eponinos, Negros de São Mateus", lançado em 2017. Primeira experiência,é um livro de memórias. Compartilhando........ Sonhos infantis Como se fora brincadeira de roda (memória), jogo do trabalho na dança das mãos (macias), o suor dos corpos na canção da vida, (história) o suor da vida no calor de irmãos, (magia)... Redescobrir o gosto e o sabor da festa, (magia) entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, (história)... Redescobrir - Gonzaguinha O bairro da infância tinha um nome pomposo, tirado talvez daqueles livros de capa dura de histórias infantis: Ilha do Príncipe. Mas ali não havia pontes levadiças nem fossos, embora a casa cor-de-rosa fosse, para eles, um castelo encantado cheio de sonhos e fantasias. Pai, mãe e oito filhos: quatro princesas e quatro príncipes. As meninas não contavam umas às outras seus desejos. Nem compartilhavam segredos. Era no interior de seus corações que d
ESCRITORAS MULHERES E NEGRAS – Vamos ler essas mulheres? De tempos em tempos, precisamos nos lembrar de falar delas, nossas antepassadas, a partir de suas próprias narrativas. Que expressam suas historias de opressão. Muitas vezes esquecidas, deixadas no anonimato. A vencedora das Escolas de Samba do Rio, Mangueira, traz no seu enredo uma grande vitória neste sentido. Nomes importantes foram lembrados, sempre apagados na história oficial. É essencial que sejam recolocados no patamar que merecem. E AS MULHERES ESCRITORAS QUE NOS ANTECEDERAM? LEMBRANDO DE ESCRITORAS NEGRAS QUE SÃO NÃO CONHECIDAS DO GRANDE PÚBLICO, ALGUMAS QUASE ANÔNIMAS NA NOSSA HISTÓRIA. Recomendo a leitura de algumas. Falo hoje de apenas três delas, num contínuo histórico, das quais este Blog ainda que falar em outros momentos: MARIA FIRMINA DOS REIS – Viveu de 1825 a 1917, no Estado do Maranhão. Era negra, mas nasceu livre. Escreveu contos, poemas, artigos sobre escravidão. Um de s
F ERNANDO PESSOA E MIA COUTO – O QUE TEM EM COMUM, ALÉM DO IDIOMA?             Para MIA COUTO , escritor, poeta, romancista moçambicano, ganhador de vários prêmios literários, a poesia de Fernando Pessoa, inspirou, deu de certa forma sentido a sua condição ser humano, de escritor, que olha o mundo, penetra e se deixa penetrar por ele. Dos livros que MIA COUTO, um dos grandes escritores da atualidade escreveu, li e recomendo: “Terra Sonâmbula (romance) e O Fio das Miçangas (contos).                O escritor afirmou numa entrevista, que a literatura, particularmente a poesia o salvou, na sua relação com o mundo. Que o poeta FERNANDO PESSOA foi seu terapeuta. Fala de uma poesia do autor que dizia poder “ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo, realizar em si toda a humanidade de todos os momentos’.             Escolhi um dentre tantos poemas de FERNANDO PESSOA, onde ele fala da própria poesia, sobre o sentido de escrevê-la. FERNANDO PESSOA ( 1888-1