O eco das pedras pisadas do Cais

  O MAPEADOR DE AUSÊNCIAS - MIA COUTO      O livro é uma obra de ficção, embora baseada em fatos reais da história de Moçambique. Retrata a busca feita por um escritor, que retorna a sua terra natal, de onde teria saído ainda muito jovem. Está em depressão e busca registro de circunstâncias daquele passado que expliquem seu presente, permeado pela ausência de informações e dor. É poeta, Diogo Santiago, assim como foi seu pai, o poeta Adriano Santiago, este último perseguido governo colonial português, há mais quarenta anos, por lutar pela Independência de Moçambique.       O pai, que viveu intensamente a época, foi testemunha da crueldade, dos sofrimentos impingidos aos opositores do governo colonial português, chacinas absurdos, violência gratuita, matanças, como se os “nativos” fossem animais. É o encontro com o sofrimento difícil de dimensionar. O retorno de Diogo Santiago ao passado, obriga outras pessoas daquele passado, a fazerem este reenco...

  Olá, amigos da escrita literária!! Durante alguns meses do ano passado, assinei uma coluna na Revista Voo Livre. E em dezembro, fui convidada a participar dos Cadernos Literários da Revista , Editada pela escritora Marina Marino (@Marina_revistavoolivre). Conheça em “Altos Voos” da Revista Voo Livre, dois poemas e uma crônica! TERGIVERSO Faço prosa, faço verso, faço arte. Converso com a vida, para espantar solidão. Ainda que as palavras não existam. Invenção. Vou fundo, poetizo, versejo, tudo faz parte. Borboleteio em tempos pesados. Disfarço, depois da tormenta. De dentro só vem o que alimenta. Invento amores adequados. Já foram perdidos, descaminhos da vida. Depois, a ira santa, a raiva louca. Os argumentos revolucionários. A força que me faz potente, Só de momento. Não passo de uma visionária. Escape. Escondida entre as palavras. Invento amores, senão verdadeiros, Virão a ser. Outra vez visionária. A sanidade insana, que seja. Sustenta-me. Sobre...

 Boa noite! Salve 2025.  Volto hoje a publicar neste blog, que permaneceu desativado por mais de um ano. Intervalo de tempo em que me dediquei a outros projetos necessários. Retorno agora, conciliando projetos literários, com frequência quinzenal e quando necessário, semanal. Seguindo em frente, boa jornada para nós!! RECADO PARA 2025     O que eu poderia dizer ou desejar para 2025?      Antes quero falar do que foi 2024. Acho que a dimensão da existência com a qual mais entrei em contato, foi a minha condição humana de finitude. O tempo passou, como para tantos dos meus contemporâneos, as pequenas rugas apareceram, seguem em frente. Não penso que devo lutar contra elas, pelo menos com ações mais agressivas, nada além de um bom creme, chamados de anti envelhecimento. Como se isto fosse possível.      As marcas que trago no rosto, no corpo, são retratos, expressões da caminhada, acumulo de vivências, aspectos externos do que acumule...