Homenagem em forma de poemas:
Entre
o vento quente,
A
areia que se espalha,
Lá
estão os pés ritmados.
Cadarços
quase soltos,
E
a preguiça de abaixar, evitar a queda.
Areia
molhada e o asfalto quente se equilibram.
O
concreto dos edifícios e os jardins da praia também.
As
buzinas dos carros e a brisa do mar,
Contrastes
constantes.
Paralelas
companhias das caminhadas
Nas
calçadas dos jardins da praia.
Nós,
insistentes caminhantes,
Parte
incrustada na cena urbana
Da
orla das praias de Santos.
OS DOIS
LADOS DA FESTA
Copas
de árvores de um verde escuro e forte,
Hoje
tem matizes mais definidos.
Flores
amarelas salpicando o verde,
Também
ficam mais exuberantes.
Vejo
os coqueiros com galhos pendendo,
Como
braços estendidos a proteger e a ungir areias e pessoas.
Hoje
é dia de maratona.
Corre,
corre, sua o corpo, lava a alma.
Corre,
corre para onde?
Não
precisa saber.
Apenas
corre, arrasta a energia
Dos
que olham e dos que passam.
Misturam-se
corpos, suores, gente.
Balões
azuis no céu, alegria no ar.
Crianças
pululantes brincam de correr.
Clareia
o sol, as imagens felizes.
Generoso,
ilumina gente determinada, ilumina o esforço admirável.
Festa na rua, festa na praia.
Vem
a certeza de que os jardins sorriem também.
Raios
de sol penetram nas plantas e flores sem pedir licença.
Pra
que pediriam?
Vejo
homens fortes, homens bonitos, mulheres também.
Homens
não tão fortes, correm, correm.
Lavam
o corpo de suor, lavam a alma.
Quero
também lavar a alma,
Pedir
a calma que vem depois.
Um pouco mais longe,
Os ares e a energia da festa se diluem.
Os
generosos raios de sol,
Que
aí também não pedem licença,
Inundam
o asfalto que já queima.
Impacientes
e frenéticas buzinas de carros,
Alheias
à festa, enlouquecem.
Homens e mulheres, nem fortes nem felizes,
Inundam
um trânsito que não anda.
E
se perguntam:
Que
cidade é esta, que caos é este, que dia é este?
É
dia de maratona em Santos.
Até breve!!
Ana Lucia Santos
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